A IMPORTÂNCIA DO FCL E LCL PARA OS PROCESSOS DE EXPORTAÇÃO

  19/05/2017 - Por : -

Os processos de importação e exportação contam com diferentes obrigatoriedades. Duas siglas necessárias são FCL e LCL. Você sabe o que esses termos representam e sua importância?

O FCL é o Full Container Load, ou seja, contêiner totalmente carregado.

Já o LCL é o Less Container Load, ou contêiner com menor carga.

Ambos são utilizados no comércio internacional para caracterizar diferentes tipos de carga.

Quer entender melhor a diferença e quando utilizar cada uma das siglas?

Acompanhe o post.

Quais são as características do FCL e LCL?

O FCL é utilizado quando a carga consegue lotar o contêiner sozinho.

Porém, também pode indicar que a carga, apesar de não ser suficiente, será transportada sozinha.

Já o LCL é utilizado quando a carga não é suficiente para lotar o contêiner.

A alternativa é compartilhar o transporte para pagar somente pelo espaço efetivamente utilizado. Essa informação é repassada para o exportador, que concorda com essa condição.

A vantagem do LCL é a economia no processo de transporte.

O cuidado necessário é na descarga, já que, a partir daí, cada exportador tem a responsabilidade sob sua mercadoria.

Como escolher a melhor opção?

Compreender exatamente o que caracterizam o FCL e o LCL é importante para você optar pela alternativa mais viável para o seu caso.

Não leve em conta somente a exportação em si.

É importante considerar também o valor do transporte em cada uma das modalidades.

É importante destacar que o transporte pode ser realizado de forma marítima ou aérea.

Na primeira situação os contêineres contêm o mesmo tamanho, que é padronizado. Geralmente têm entre 20 e 40 pés e comportam 30 m³ ou 20 toneladas e 60 m³ ou 25 toneladas, respectivamente.

No envio aéreo a fabricação do contêiner geralmente é feita com fibra de alumínio ou de vidro por serem materiais mais leves.

Ainda existe um corte específico no material para assegurar que o compartimento do avião tenha um melhor aproveitamento.

Ao conhecer esses detalhes você consegue definir a alternativa mais adequada.

Afinal de contas pode calcular quanto cabe em cada tipo de transporte e o valor de acordo com a modalidade.

Outra informação importante é que o peso do contêiner e o volume externo não são contabilizados no frete, o que é uma grande vantagem.

Quais são os tipos de cargas existentes?

Essa informação ajuda a complementar a sua escolha e permite avaliar melhor os seus processos de exportação.

Veja a seguir os diferentes tipos de cargas existentes:

Carga geral

Seu acondicionamento é feito por embalagem de transporte ou unitização.

A contagem de unidades e a marca de identificação são destacadas.

A carga geral ainda pode ser categorizada de duas formas:

  • Solta: a embalagem das mercadorias não segue um padrão e contém dimensões e formas diversas. Pode ser na forma de engradados, fardos, caixas de papelão, sacarias, tambores etc.;
  • Unitizada: as diversas mercadorias, que podem ou não ser diferentes, são agregadas em uma unidade de transporte.

Carga a granel

Esse tipo de carga não é acondicionado, pois é seca ou líquida.

Não há contagem de unidades ou identificação.

Alguns exemplos de produtos transportados a granel são trigo, petróleo, soja, entre outros.

Carga frigorificada

Os produtos que precisam ser refrigerados ou congelados são transportados nesse tipo de carga.

O objetivo é a manutenção das características e impedir que o produto estrague durante o transporte. São transportados de maneira frigorificada as frutas frescas, carnes e outros tipos de alimentos similares.

Carga perigosa

Esses produtos podem colocar em risco a vida das pessoas que os manipulam e devem ser transportados com cuidado.

Eles também podem danificar o meio de transporte ou outras mercadorias.

A carga perigosa deve cumprir as diretrizes da Organização das Nações Unidas para o transporte desse tipo de produto.

Eles são classificados da seguinte forma:

  • Explosivos;
  • Líquidos inflamáveis;
  • Gases;
  • Sólidos inflamáveis e similares;
  • Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos;
  • Substâncias tóxicas e infectantes;
  • Materiais corrosivos;
  • Materiais radioativos;
  • Substâncias perigosas diversas.

Neogranel

Esse é um carregamento que contém conglomerados homogêneos de produtos.

Por isso, não há um acondicionamento específico.

As mercadorias podem ser transportadas em lotes em somente um embarque. Um exemplo de carga neogranel são os veículos.

Quais gastos você pode ter com os transportes FCL e LCL?

O transporte de mercadorias exige o pagamento de despesas específicas.

No caso do FCL e do LCL temos os seguintes gastos:

  • Terminal Handling Charge (THC): é cobrado pela manipulação portuária. Na modalidade FCL, o valor é determinado pela empresa marítima de acordo com o contêiner e a localização geográfica. No LCL é calculado conforme a relação tonelada/m³, sendo cobrado o maior valor;
  • Bill of Landing (B/L): é uma taxa cobrada pela emissão e documentação do Conhecimento de Embarque. Seu pagamento é realizado cada vez que esse documento é emitido;
  • International Security Port Surcharge (ISPS): é uma sobretaxa aplicada pelas empresas marítimas para compensar as despesas com medidas de segurança. A cobrança no LCL é geralmente conforme a cotação do B/L. No FCL a contabilização é feita por contêiner, B/L ou Capacidade de Carga do Contêiner (TEU).

Ainda podem existir a cobrança de outras rubricas, como despacho aduaneiro e controle de equipamento.

Por isso, você deve estar atento a todos os valores aplicados.

Entendeu o que significam FCL e LCL e sua importância?

Conheça outro termo importante para a exportação lendo o post Incoterms: o que são e o que representam.

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