MÉTODOS DE CONTROLE DE ESTOQUE: COMO APLICAR O PREÇO MÉDIO NA SUA EMPRESA
26/06/2017 - Por : Fábio Hoinaski - Rastreabilidade e AuditoriaPode ser que a sua empresa gerencie os produtos armazenados de modo aleatório. Porém, é imprescindível contar com métodos de controle de estoque.
Um deles é o preço médio, também chamado de custo médio ponderado.
O controle de estoque possibilita chegar à precificação mais adequada dos produtos e atingir o equilíbrio entre prazo de venda e lucro final.
Desse modo é possível potencializar o giro das mercadorias e as vendas e diminuir os desperdícios e as perdas dos itens.
No entanto, a dúvida é: qual é o melhor método?
Não existe resposta mágica, porque existem diversas metodologias.
Neste post vamos apresentar o preço médio para que você possa verificar se essa é a melhor prática.
Vamos lá?
Métodos de controle de estoque: como funciona o preço médio?
Esse método representa o montante que deve ser contabilizado por meio da média de despesas com a compra de cada mercadoria.
Esse cálculo é importante porque possibilita fazer um planejamento eficaz para pagar as contas até o vencimento.
Quando o cálculo é feito sem um controle adequado, ou seja, “de cabeça”, a consequência pode ser o aumento dos preços das compras, o que pode impactar negativamente o caixa da empresa.
Por outro lado, a elevação dos preços do produto de modo significativo aliada ao armazenamento de itens em estoque pode fazer com que os produtos fiquem sem giro.
Em outras palavras, as vendas caem pelo valor mais alto, o que diminui as vendas e ocasiona um prejuízo ainda maior para a sua empresa.
Em ambos os casos pode haver um desequilíbrio, porque ou o produto se mantém em um preço mais baixo do que o necessário para o fluxo de caixa saudável ou as vendas caem, o que também afeta as finanças.
Isso demonstra que o custo médio ponderado possibilita equilibrar o preço de venda e o lucro do negócio.
Em resumo, é um cálculo que ajuda a chegar ao valor mais adequado para cada item.
Como é feito o cálculo?
O preço médio pode ser aplicado na sua empresa a partir da seleção de um método de avaliação adequado.
O primeiro passo é considerar os fatores que podem impactar o preço final de cada mercadoria.
Alguns exemplos são a inflação, o preço médio de mercado e o custo de transporte.
A ideia é somar o custo total de produção do item e dividi-lo pela quantidade de unidades fabricadas.
Assim chega-se ao valor unitário.
Por exemplo: imagine que sua empresa fabrique o produto A.
Em um mês específico há dois momentos de produção.
No primeiro você produz 100 unidades pelo custo de R$ 500.
No segundo gasta R$ 1.150 para fabricar 200 unidades.
Qual seria o custo médio dessa mercadoria?
O produto é o mesmo, mas houve custos diferentes para sua produção.
A ideia, então, é somar as despesas de fabricação dos dois momentos (ou seja, 500 + 1.150 = 1.650) e somar as unidades produzidas (100 + 200 = 300).
Então dividir os dois resultados: 1.650 / 300 = R$ 5,50.
O cálculo, porém, não para por aí.
Ele pode ser dividido em custo médio ponderado fixo ou móvel.
Entenda melhor a seguir.
O que é custo médio ponderado fixo?
Esse é o cálculo realizado a partir da média dos custos dos materiais que estão disponíveis para uso ou venda durante um período específico no final do mês ou do ano.
A regra é que quanto mais alta for a produção menor será esse resultado.
Para chegar ao resultado é preciso dividir o custo total dos itens disponíveis para produção ou consumo pela respectiva quantidade de materiais.
O custo total é derivado da soma dos custos das compras líquidas e do estoque inicial no período de tempo analisado.
A atenção que se deve ter é que esse cálculo só deve ser adotado por organizações que optam pelo sistema de inventário periódico, porque sua apuração ocorre no final de um período de avaliação longo.
O que é custo médio ponderado móvel?
Esse método é o que reflete de modo mais adequado os dados dos itens armazenados em estoque e os custos da produção em determinado período de tempo.
Apesar de ser considerado trabalhoso por muitos empreendedores, vale a pena optar por ele porque é o modelo mais apropriado para o sistema fiscal do Brasil.
Nessa metodologia o custo das mercadorias requisitadas ou vendidas e o estoque final são elementos considerados no preço de custo.
Por isso afirma-se que é “móvel”, já que são representadas as despesas que variam com a produção.
Utilizando esse método de controle percebe-se que o valor unitário em estoque se altera com a aquisição ou produção de outras unidades que possuem preço diferente.
Em outras palavras, há um valor mais alto quando a produção aumenta e vice-versa.
Esse sistema de controle é mais indicado para empresas que usam o modelo de inventário permanente, porque os estoques são atualizados constantemente na contabilidade.
Esse é um dos métodos de controle de estoque que pode ser aplicado na sua empresa.
Saiba mais sobre isso compreendendo melhor como evitar perdas com o método PEPS de avaliação.