RISCOS DO TRANSPORTE DE CARGAS: CUIDADOS QUE VOCÊ DEVE ADOTAR NA SUA EMPRESA
25/05/2017 - Por : Fábio Hoinaski - LogísticaQuem atua na área logística sabe dos riscos do transporte de cargas. Os desafios são relativos a diversos fatores. Três dos principais são a negligência, a imperícia e a imprudência.
Os roubos de cargas também merecem a atenção.
De acordo com dados do Portal Transporta Brasil, o Brasil perde mais de R$ 170 milhões todos os anos devido a essa prática, que é executada por quadrilhas bem preparadas e que conseguem driblar até mesmo os sistemas de monitoramento.
O que fazer para evitar essa situação?
É preciso estar preparado e fazer o gerenciamento dos riscos.
Vamos entender melhor sobre esse assunto no post de hoje. Acompanhe!
Quais são os riscos do transporte de cargas?
Os principais riscos são: negligência, imperícia e imprudência.
Apesar de esses termos serem entendidos como similares, eles possuem significados diferentes.
Saber diferenciá-los é fundamental para quem trabalha em logística, tanto pela questão de conhecer os riscos quanto pela oportunidade de evitá-los.
Veja a seguir o que cada termo indica:
Negligência
A negligência surge quando o trabalhador não está focado em sua atividade.
Por não estar concentrado ele acaba cometendo erros que podem causar acidentes e problemas graves.
Essa é a situação mais comum.
Alguns exemplos de negligência no transporte de cargas são quando o motorista do caminhão atende uma ligação ou manda mensagem pelo celular, conversa com outra pessoa e deixa de prestar atenção total à estrada, troca de estação de rádio etc.
Como você pode perceber, a negligência faz parte desde atividades simples até complexas.
O simples transporte de uma caixa em uma empilhadeira móvel pode ser prejudicado por uma falta de atenção ou até mesmo pela visão do trabalhador estar bloqueada pela mercadoria, o que faz com que um desnível no chão ocasione uma queda.
Imperícia
A imperícia relaciona-se à falta de habilidades ou capacidades do trabalhador.
É um colaborador mal treinado ou que está com seu conhecimento defasado.
A consequência dessa situação para o transporte de cargas é a ocorrência de acidentes.
Na logística a imperícia pode ser traduzida, então, por um motorista com pouca qualificação para dirigir um caminhão, por exemplo.
Por ter pouca capacidade, esse profissional não consegue evitar situações que poderiam ser impedidas por alguém com mais experiência.
Um exemplo são os caminhões que rodam pelas estradas com uma carga muito pesada ou maior do que o comprimento do veículo, como acontece com os equipamentos de refinaria.
Esse tipo de transporte exige um motorista bastante experiente para evitar o tombamento da mercadoria.
Ele ainda deve dirigir em baixa velocidade e acomodar a carga com cuidado e de um jeito equilibrado.
Ou seja, deve ter a perícia necessária para evitar um acidente.
Imprudência
Essa também é uma situação comum, especialmente entre os trabalhadores com mais experiência.
A imprudência aparece quando o empregado está muito seguro de sua função e, por isso, comete algo inconveniente ou de maneira inadvertida.
Um exemplo é quando o trabalhador precisa usar um Equipamento de Proteção Individual (EPI), mas deixa de lado porque acredita não ser necessário.
Outra situação é quando o motorista acredita que pode fazer uma ultrapassagem com o caminhão em local proibido.
Esses não são os únicos casos em que a imprudência pode aparecer.
Ela também pode surgir quando o colaborador quer mostrar proatividade, mas não tem o conhecimento necessário.
Nesse caso está ligada à imperícia, como ocorre em uma acomodação malfeita da carga no veículo, o que ocasiona o tombamento.
Para evitar qualquer uma dessas 3 situações é preciso investir no gerenciamento de riscos. Vamos entender melhor sobre isso a seguir.
Como aplicar o gerenciamento de riscos?
Essa ideia é composta por diversos recursos que podem ser adotados para diminuir os riscos.
As práticas estão relacionadas à logística efetuada pela empresa e têm por objetivo dirigir, controlar, planejar e organizar as melhores recomendações de execução para evitar acidentes.
A capacitação do trabalhador é um exemplo de gerenciamento de riscos.
Outra prática que pode ser adotada é a troca de veículos e equipamentos obsoletos, que ser tornam mais suscetíveis a acidentes.
Em quaisquer dos casos, o objetivo é facilitar o processo de transporte.
Outras vantagens conquistadas pela gestão dos riscos são:
- Alinhamentos dos riscos às estratégias organizacionais;
- Fortalecimento das tomadas de decisão sobre os riscos;
- Diminuição dos prejuízos operacionais;
- Gestão e identificação dos riscos;
- Bom aproveitamento das oportunidades;
- Otimização do capital.
Conhecendo os riscos do transporte de cargas e sabendo como aplicar o gerenciamento deles você assegura mais segurança para os trabalhadores e ainda evita prejuízos para o seu negócio.
Quer saber mais sobre o assunto? Leia o post Melhoria do transporte de mercadorias: o que você deve considerar.