SUPPLY CHAIN MANAGEMENT E LOGÍSTICA
14/04/2015 - Por : Fábio Hoinaski - Fornecedores - LogísticaSupply Chain Management é processo de planejamento, implementação e o eficiente controle do fluxo e estocagem de matérias primas, semi-trabalhadas e produtos finais e das relativas informações do ponto de origem ao ponto de consumo com o objetivo de satisfazer as exigências dos clientes.
Esta definição muito ampla inclui toda a série de atividades logísticas quais customer service, previsão da demanda, gestão da comunicação, gestão do estoque, material handling, processamento da ordem, localização de fábricas e depósitos, suprimentos, embalagem, gestão dos retornos, transportes, armazenagem e estocagem.
Estas atividades juntamente aos input e output formam o quadro dos componentes do Logistics Management, ou seja, a gestão da logística que pode compreender todas ou somente algumas das atividades supracitadas, segundo o fato que seja mais ou menos integradas.
A integração das diversas áreas da logística é necessária por dois motivos:
- as escolhas efetuadas em uma certa área de atividade logística impactam sobre todas as outras áreas (trade-offs);
- o potencial de eficiência inerente na logística como totalidade das atividades que a compõem é extremamente elevado.
O fundamento do conceito de logística integrada é representado pela minimização do custo total das atividades logísticas vista em suas complexidades, dado um objetivo de nível de serviço a garantir.
É possível subdividir os custos logísticos em 5 grandes grupos:
- Custos de manutenção dos estoques;
- Custos de armazenagem;
- Custos de transporte e distribuição;
- Custos inerentes aos lotes;
- Custos de processamento de ordens e dos sistemas informativos.
A missão da logística é planejar e coordenar todas as atividades necessárias para atingir o nível de serviço desejado com o menor custo possível.
A logística deve, portanto, ser vista como a conexão entre o mercado e o ambiente operacional da empresa.
O âmbito da logística passa por toda a organização empresarial, desde a gestão das matérias-primas até a entrega do produto final.
A gestão logística, do ponto de vista sistêmico, é o meio com qual as exigências dos clientes são satisfeitas através da coordenação dos fluxos dos materiais e das informações que se estendem do mercado através da empresa até os fornecedores.
Por exemplo, por muitos anos marketing e produção foram consideradas como duas atividades distintamente separadas no interno da organização: no melhor modo coexistiram, no pior foi uma luta aberta.
Neste esquema de referência, a logística é essencialmente um conceito de integração que procura desenvolver uma visão global e única de toda a empresa.
É fundamentalmente um conceito de planejamento que procura construir um processo através do qual as exigências do mercado possam ser traduzidas ao menor custo total em uma estratégia e plano de produção que por sua vez se traduzam em uma estratégia e plano de suprimentos.
Idealmente deveria-se seguir uma mentalidade de business ao “plano único” que substitua os planos convencionalmente isolados e separados do marketing, distribuição, produção e suprimentos: esta, em poucas palavras, é a missão da logística.
O conceito de supply chain management, se bem que relativamente novo, não é outra coisa que uma extensão da lógica da logística.
A gestão logística tradicional se ocupa principalmente da otimização dos fluxos no interno da empresa, enquanto o Supply Chain Management reconhece que a integração interna à empresa não é por si só suficiente.
FASE 1: ORGANIZAÇÃO TRADICIONAL
É a fase da completa independência funcional onde cada função na empresa age em modo completamente independente das outras.
Um exemplo é o caso em qual a produção procura otimizar os próprios custos unitários através de longos ciclos de produção sem considerar o aumento progressivo de estoque de produtos finais e o consequente impacto sobre a necessidade de espaços no depósito e sobre o capital de giro.
FASE 2: INTEGRAÇÃO FUNCIONAL
Nesta fase as empresas reconhecem a necessidade de um grau mínimo de integração entre as funções adjacentes (ex. distribuição e gestão do estoque, aquisições e controle de materiais).
FASE 3: INTEGRAÇÃO INTERNA
Esta fase é a continuação natural daquela precedente: se estabelece um contexto de planejamento de um extremo ao outro das atividades.
FASE 4: INTEGRAÇÃO EXTERNA
Representa a verdadeira integração da supply chain management: as conexões e a coordenação obtidas na fase precedente vêm, nesta, estendidas aos fornecedores e aos clientes.
A logística é essencialmente um planejamento de processos e organização e gestão de atividades direcionadas a aperfeiçoar o fluxo de materiais e relativas informações internas das empresas.
O Supply Chain Management funda-se sobre a logística e mira a construir e otimizar as relações e a coordenação entre os processos de outras empresas, fornecedores e clientes, e a própria empresa.
A supply chain management é o network de organizações que são envolvidas, através de conexões antecedentes e posteriores nos diversos processos e atividades que produzem valor em termos de produtos e serviços ao consumidor final: hoje falamos de organizações virtuais ou de rede em qual a estratégia se concentra sobre o core business, enquanto todo o resto vai em outsourcing.
Este trend implica para a gestão da logística o desafio de integrar e coordenar o fluxo de materiais de uma multidão de fornecedores, geralmente espalhados em cada parte do mundo, e a gestão da distribuição dos produtos finais por meio de muitos intermediários.
Hoje e no futuro haverão ainda empresas que visarão a reduções de custos ou melhoras dos rendimentos às despesas dos próprios parceiros da supply chain sem notar que o simples transferimento de custos nas fases antecedentes e posteriores não as rende mais competitivas.
O motivo é ligado ao fato de que no fim do processo, estes custos chegarão no mercado final no preço pago pelo consumidor final.
As empresas excelentes reconhecem a ilusão desta abordagem convencional e procuram render a supply chain management, no seu complexo, mais competitiva através de aumentos de valor e reduções de custos complexivos: a verdadeira competição não é mais empresa contra empresa.
Os profissionais da logística devem ampliar a sua compreensão das outras funções de business no interno da sua organização; em particular, devem ter um melhor conhecimento das compras e suprimentos, do planejamento da produção, das iniciativas de marketing, dos planos promocionais e de venda, e, sobretudo, da TI: que representa o elemento chave, o facilitador, o relacionamento que une os vários componentes e parceiros da supply chain management em um conjunto integrado.
Para os profissionais que trabalham neste campo, o problema não é quanto se transformem em Expert no campo da ciência e da Supply Chain Management, mas acima de tudo quanto rapidamente compreendem a missão empresarial e pensam como a logística pode contribuir para chegar a isto; significa difundir o verbo do Supply Chain Management seja internamente na empresa que externamente aos fornecedores, clientes e operadores logísticos.
Em síntese extrema, tudo isso significa estar mais próximo aos próprios clientes, porque o Supply Chain Management inicia e conclui com o cliente.