FORNECEDOR: PRINCIPAIS PRESSÕES PARA A CAPACITAÇÃO
Uma pesquisa realizada pelo Aberdeen Group apontou que os fornecedores evoluem para soluções focadas na operação de redes colaborativas. A...
Uma pesquisa realizada pelo Aberdeen Group apontou que os fornecedores evoluem para soluções focadas na operação de redes colaborativas.
A parceria comprador-vendedor se reforça e se configura vantajosa para ambos os lados.
Porém, um dos grandes desafios nessa área diz respeito à capacitação de fornecedores.
Além disso, o setor de business to business (B2B) encara a exigência de reduzir as despesas operacionais de aquisição.
Mas por onde começar?
A capacitação do fornecedor ainda é uma questão pouco discutida em diversas empresas.
Muitas vezes, de forma equivocada, o cliente não percebe que o vendedor de insumos ou matéria-prima tem dificuldades de se adequar a um cenário de negócios marcado pela automação.
Ele não percebe qual é exatamente o ganho que se tem ao ingressar em uma rede de fornecedores.
A rede de fornecedor, para gerar ganhos e ser eficaz, exige de seus membros a aceitação de uma nova cultura no ambiente de negócios.
Nele, não há espaço para processos ultrapassados ou adoção parcial de ferramentas tecnológicas.
A automação entra em cena para eliminar o retrabalho, diminuir a margem de erro e incrementar receitas.
Uso da tecnologia
Uma das principais necessidades de capacitação de fornecedores se refere à otimização do uso das ferramentas tecnológicas.
Com isso, a relação comprador fornecedor se estabelecerá com a troca eletrônica de documentos, tanto na fase pré-processamento (orçamentos, cotações, RFXs etc) quanto no pós-processamento (ordens de compra e faturas).
A agilidade nas transações favorece maior controle de gastos.
Um fornecedor capacitado para ingressar em uma rede ajuda o cliente a reduzir custos operacionais, graças à melhoria nos processos.
Também há ganhos significativos com a maior eficiência nas comunicações e transações comerciais envolvendo compradores e fornecedores.
Ainda dentro das possibilidades abertas pelo uso intensivo da tecnologia, a empresa pode melhorar a qualidade da informação sobre seus fornecedores, utilizando os dados da própria rede.
Ela permite a coleta de registros ao longo de toda a vida útil do fornecedor.
Basta, para tanto, que o vendedor alimente a rede com informações atualizadas.
Ação proativa
Mas cabe ao comprador efetuar pressões para que seus fornecedores se capacitem?
O gestor deve sempre ter ação proativa, estabelecendo um vínculo de parceria.
Em diversas ocasiões, o fornecedor necessita de ajuda para compreender todos os benefícios oriundos do ingresso na rede – e do uso adequado de todas as suas funcionalidades. Muitos deles ainda trazem sinais de tecnofobia e enfrentam dificuldades para superar essa barreira.
Há ainda o caso daquele fornecedor que se sente perdido diante das várias opções disponíveis fora das redes ou portais.
A parceria entre comprador e vendedor pode ajudar o fornecedor a identificar as vantagens de ingresso em uma rede.
Basicamente o que falta a ele é informação e orientação técnica.
Grandes corporações costumam alocar recursos financeiros na capacitação de seus fornecedores.
Para elas, a preparação da rede de fornecedores não representa gasto, mas sim investimento com retorno rápido.
Experiências como as desenvolvidas pela Companhia Vale do Rio Doce ou pela Petrobras demonstram que a capacitação do fornecedor deve não apenas ser cobrada, mas também incentivada.