FORNECEDOR: PRINCIPAIS PRESSÕES PARA A CAPACITAÇÃO
20/01/2015 - Por : Fábio Hoinaski - FornecedoresUma pesquisa realizada pelo Aberdeen Group apontou que os fornecedores evoluem para soluções focadas na operação de redes colaborativas.
A parceria comprador-vendedor se reforça e se configura vantajosa para ambos os lados.
Porém, um dos grandes desafios nessa área diz respeito à capacitação de fornecedores.
Além disso, o setor de business to business (B2B) encara a exigência de reduzir as despesas operacionais de aquisição.
Mas por onde começar?
A capacitação do fornecedor ainda é uma questão pouco discutida em diversas empresas.
Muitas vezes, de forma equivocada, o cliente não percebe que o vendedor de insumos ou matéria-prima tem dificuldades de se adequar a um cenário de negócios marcado pela automação.
Ele não percebe qual é exatamente o ganho que se tem ao ingressar em uma rede de fornecedores.
A rede de fornecedor, para gerar ganhos e ser eficaz, exige de seus membros a aceitação de uma nova cultura no ambiente de negócios.
Nele, não há espaço para processos ultrapassados ou adoção parcial de ferramentas tecnológicas.
A automação entra em cena para eliminar o retrabalho, diminuir a margem de erro e incrementar receitas.
Uso da tecnologia
Uma das principais necessidades de capacitação de fornecedores se refere à otimização do uso das ferramentas tecnológicas.
Com isso, a relação comprador fornecedor se estabelecerá com a troca eletrônica de documentos, tanto na fase pré-processamento (orçamentos, cotações, RFXs etc) quanto no pós-processamento (ordens de compra e faturas).
A agilidade nas transações favorece maior controle de gastos.
Um fornecedor capacitado para ingressar em uma rede ajuda o cliente a reduzir custos operacionais, graças à melhoria nos processos.
Também há ganhos significativos com a maior eficiência nas comunicações e transações comerciais envolvendo compradores e fornecedores.
Ainda dentro das possibilidades abertas pelo uso intensivo da tecnologia, a empresa pode melhorar a qualidade da informação sobre seus fornecedores, utilizando os dados da própria rede.
Ela permite a coleta de registros ao longo de toda a vida útil do fornecedor.
Basta, para tanto, que o vendedor alimente a rede com informações atualizadas.
Ação proativa
Mas cabe ao comprador efetuar pressões para que seus fornecedores se capacitem?
O gestor deve sempre ter ação proativa, estabelecendo um vínculo de parceria.
Em diversas ocasiões, o fornecedor necessita de ajuda para compreender todos os benefícios oriundos do ingresso na rede – e do uso adequado de todas as suas funcionalidades. Muitos deles ainda trazem sinais de tecnofobia e enfrentam dificuldades para superar essa barreira.
Há ainda o caso daquele fornecedor que se sente perdido diante das várias opções disponíveis fora das redes ou portais.
A parceria entre comprador e vendedor pode ajudar o fornecedor a identificar as vantagens de ingresso em uma rede.
Basicamente o que falta a ele é informação e orientação técnica.
Grandes corporações costumam alocar recursos financeiros na capacitação de seus fornecedores.
Para elas, a preparação da rede de fornecedores não representa gasto, mas sim investimento com retorno rápido.
Experiências como as desenvolvidas pela Companhia Vale do Rio Doce ou pela Petrobras demonstram que a capacitação do fornecedor deve não apenas ser cobrada, mas também incentivada.